Retomada

O “Diário do meu Fogão” esteve sem atualização desde julho de 2010. A razão? A pior de todas: Andiara, a nossa guru, foi bater papo com os anjos, foi melhorar o cardápio do Paraíso. Durante a internação, seu filho mandou o seu prato preferido o concurso “Sua Receita” do Portal Oba. A Andiara jamais ficou sabendo, mas o seu Klops Familiar foi uma das 50 selecionadas e publicadas em um elegante livro. Mas a surpresa não acaba ai. A renda da venda do livro irá para o Hospital Boldrini de câncer infantil. Para nós a mensagem não poderia ser mais clara: O Fogão não apagou, o Diário deve continuar. Temos certeza de que a Andiara, lá em cima, irá gostar.


"Não existe maior prazer do que os prazeres da mesa" - George Bernard Shaw


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Arroz de Carreteiro

Cenário: Eu e a comadre Isaurinha na sua fazendinha perto de Campo Grande. Lá as panelas na trempe, o fogão de lenha, as paredes enfumaçadas da cozinha, as colheres de pau já muito usadas, me abriram o apetite. Isaurinha comanda: -Vamos botar a carne-seca de molho para dessalgar, porque, amanhã, vamos comer um arroz de carreteiro à moda do Mato Grosso. Assim no ambiente e clima do campo, no cheiro de mato molhado e do tenro coco de cabrito como disse o poeta, o arroz de carreteiro nos remeteu ao trabalho dos tropeiros do Centro-Sul que calçam o estômago com ele logo cedo antes de partir com a boiada. No bornal levam carne seca e farinha, que vão comendo aos bocados a medida que a fome se apresenta. O arroz fácil de cozinhar, os nacos de carne seca, as ervas e pimentas muitas vezes colhidas na beira da carreteira. Amarrei o avental, arregacei as mangas, escolhi uma boa panela de ferro e pus a água da talha para ferver...

Ingredientes:
1 kg de carne seca picada por pelo menos 8 horas de molho em água fria
2 lingüiças cortadas em rodelas 
2 cebolas picadinhas
3 tomates picados
Cheiro verde picados
3 dentes de alho amassados
3 xícara de arroz lavado
2 xícaras de óleo vegetal
Sal e pimenta à gosto.
Preparo:
1. Começar colocando no fogão a panela com óleo. Quando começar a esquentar, ponho a carne para fritar e, com uma colher de pau, mexer de vez em quando.2. Quando a carne já estiver cozida e frita, acrescentar para fritar junto as rodelas de lingüiça, a cebola, alho, tomates, salgando e apimentando a gosto.3. Acrescento o arroz já cozido e seco na panela junto com os demais ingredientes. A mistura começa a ficar levemente avermelhada. Sinal que já pode comer.

Fui embora, mas deixei meu coração com os extensos pastos e o trinar dos pássaros de Pantanal. Brasil, bendita terra nossa. Fui. 
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"A Gastronomia é a mais sublime das artes"Jorge Amado
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