Retomada

O “Diário do meu Fogão” esteve sem atualização desde julho de 2010. A razão? A pior de todas: Andiara, a nossa guru, foi bater papo com os anjos, foi melhorar o cardápio do Paraíso. Durante a internação, seu filho mandou o seu prato preferido o concurso “Sua Receita” do Portal Oba. A Andiara jamais ficou sabendo, mas o seu Klops Familiar foi uma das 50 selecionadas e publicadas em um elegante livro. Mas a surpresa não acaba ai. A renda da venda do livro irá para o Hospital Boldrini de câncer infantil. Para nós a mensagem não poderia ser mais clara: O Fogão não apagou, o Diário deve continuar. Temos certeza de que a Andiara, lá em cima, irá gostar.


"Não existe maior prazer do que os prazeres da mesa" - George Bernard Shaw


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Paella & Art a la doña Carmem

Fomos convidados pela Rosario e o Alex para uma Paella preparada pela sua mãe. Resistir, quem há de. Porém, quando entramos fomos tomados pela “Síndrome de Sthendal”: a incontrolável emoção que nos sensibiliza diante do belo. Todas as paredes eram cobertas de quadros e desenhos de um talento superior. Alex nos informou que era obra do seu avô: Francesc Domingo Segura que, ao vir para o Brasil deixou para trás o centro irradiador das artes na França e Espanha, que já o tinha consagrado. Conceituado até hoje na Europa, no Brasil Domingo caiu no ostracismo da falta de oportunidades e de uma certa “dolor de codo” espanhola. Domingo é o autor do retrato de Gaudi exposto na Prefeitura de Barcelona e do retrato oficial de Euclydes da Cunha no salão nobre do “Estado de São Paulo”. Muito se tem a contar sobre o artista, mas não é aqui o espaço adequado. Jantamos com redobrada emoção. Tempos depois Carmem nos deu um estudo de uma bela cabeça de cavalo assinada por seu pai, e... a sua receita daquela inesquecível paella.
Ingredientes:
1 kg de arroz parboilizado
1/2 kg de cação, anjo ou cação em cubinhos
3 kg de camarão rosa médio
1/2 kg de mexilhões sem cascas
1/2 kg de mexilhões com cascas
1/2 kg de peito de frango em cubinhos
1 kg de lulas em anéis
2 kg de polvo
300 g de vagem picada
3 pimentões vermelhos (1 em tiras)
3 pimentões amarelos (1 em tiras)
3 pimentões laranja (1 em tiras)
3 colheres (chá) de açafrão em pó
5 litros de água
Sal a gosto
200 g de ervilhas frescas
1 lata de azeite de 500 ml
1 cabeça de alho picados
4 cebolas grandes picadas
Preparo
1. Limpe os frutos do mar. Reserve 1 kg de camarões mexilhões com cascas para decorar. 2. Cozinhe e tempere frutos do mar e legumes separadamente. 3. Pique os pimentões em tiras para decorar. 4. Tempere o arroz com sal e azeite. 5. Coloque o açafrão com um pouquinho de sal na água. 5. Refogue a cebola e o alho picadinhos já paellera. Desligue o fogo e acrescente os outros ingredientes, inclusive a água com açafrão. 6. Misture tudo com calma e esteja atenta para que a água cubra os alimentos em cerca de 2 cm. 7. Cozinhe até o arroz ficar no ponto. 8. Decore com os camarões, mexilhões, pimentões em tiras e ervilhas.
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A Paella é um prato à base de arroz, que surgiu, nos fins do século XV em Albufera, região de grandes arrozais e produção de verduras de Valência. Originalmente um prato criado pelos camponeses que partiam para o campo com a paellera ou paella (panela), arroz, azeite e sal e agregavam ingredientes da caça, legumes da estação e as sobras que possuíam. O tomate e o frango só foram acrescentados posteriormente. Na vizinha Portugal o prato é conhecido como Arroz à Valenciana.
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Cinco regras tradicionais para a apreciação adequada da paella:
1. Para merecer o nome de Paella (panela) a receita deve ser desenvolvida em todas as etapas na mesma e única panela. 2. A Paella deve ser comida ao ar livre: à sombra ou sob as estrelas. 3. Servir-se diretamente da panela. 4. A rigor só deveria ser servida com colher feita de buxo, um arbusto originário da Europa e da Ásia concebido por Deus somente para aplicações nobres: marchetaria, instrumentos musicais e... servir paella. Na absoluta falta de uma colher de bucho, use uma colher de pau. 5. Durante a sua degustação, só serão permitidas conversas corriqueiras e fúteis. Discussões políticas e conversas sérias devem ser evitadas, se não mesmo proibidas. 
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Um comentário:

  1. Estou aqui para dar os parabens pelo o blog....mas essa receita deve ser muito boa...bem não sou eu q vou fazer mas a propria criadora da receita, pois eu não sou muito fã de cozinha mas uma grande admiradora de quem gosta dessa arte...eu estou aqui para provar...bem só tenho uma critica falta o DOCES principalmente os de chocolate..muito bjossss...e q todos visitem seu blog q faça muito sucesso!!!!!!!!!!!!!!!!!Fernanda Rubiana.
    Obs:Irmã da Cida uma otima cozinheira!!!!!!!!!

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